quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Yngwie Malmsteen - Quando nasceu o metal neo clássico.

O ano era 1984. Eu vivia impregnado de rock and roll e meus heróis eram  os guitarristas de bandas como Deep Purple, Van Halen ,  Led Zeppelin e tantos outros. Em cada novo disco, e em cada nova música eu esperava ansioso pelo solo da guitarra. A guitarra era o ponto máximo da emoção em cada música que eu ouvia. Mas faltava algo, eu sabia que a guitarra rock podia ir mais além. Alguém deveria levar a guitarra ao máximo da expressão. Então, um dia um amigo me emprestou um disco chamado "Rising Force", que fora gravado por um até então desconhecido guitarrista Sueco chamado Yngwie Malmsteen. A primeira porrada veio em forma de "Black Star". E estava inaugurado o neo clássic rock.


Era tudo que eu esperava. Uma música inteira instrumental, um solo que era toda a música. E o mais importante era que aquilo unia minhas duas maiores paixões quando o assunto é música....rock e música clássica. Depois de assistirem o vídeo acima voces saberão do que estou falando. Mas permitam-me explicar uma coisa...hoje pode parecer banal ver zilhões de guitarristas  virtuoses esbanjando velocidade por aí. Mas Yngwie foi o primeiro a mostrar isto ao mundo. E fazendo música, não apenas subindo e descendo escalas. E eu vi isto começar, testemunhei o impacto. Voces sabem o que significa isto? Eu me perguntei, o que é isto? Quem é este cara ? Como ele faz isto ? Ahá. Eram notas e mais notas encadeadas em melodias lindas e com muito sentido estético e muito peso. Sim, imagine música clássica com peso, distorção.
           Estou neste momento, ouvindo a segunda música do disco, "Far Beyond The Sun". Talvez  esta  seja  a  música que melhor represente o conceito sonoro do disco. O timbre adocicado da guitarra quase nos faz ver as notas flutuando em nossa frente. A guitarra grita doce e desesperadamente pela nossa atenção, como que dizendo: Olhem, eu sempre estive aqui, e posso te falar assim. Preste atenção! Eu sou a guitarra!


Devo lembrar que este disco chegou ao número 60 na parada da Bilboard apesar de ser um disco  quase  todo instrumental, e voltado para a guitarra. Logicamente nada comercial para a época. Mas tambem devo dizer que este disco rendeu à Yngwie, uma indicação para o Grammy de melhor performance instrumental. Para mim, este disco é uma obra prima  (minha modesta opinião, é claro) e pronto. "Now Your Ships Are Burned", "Evil Eye", "Icaru's Dream Suite Op. 4"  mantem o clima, com Yngwie esbanjando feeling e pegando pesado em riffs até então nunca imaginados por nenhum mortal. Ah, nesta altura nós já ouvimos a voz de Jeff Scot Soto, que para mim ( repito...para mim) é o melhor vocalista que já cantou com Yngwie.

O disco é fechado com "As Above, So Below,  "Little Savage"   e   "Farewell". Ora, toco um pouco de guitarra  ( hehehe ), e sou  fã incondicional de Malmsteen, por isto sou suspeito pra ficar falando. Então fecho este post dizedo apenas: Ouçam o disco e depois me  contem. Mas contem mesmo. Estou esperando.

Feliz Natal para que ler este post em tempo hábil.

Abraços.







4 comentários:

  1. Porra man, o cara é muito virtuoso pra mim.

    É um monstro realmente, sensacional! Eu só não tenho capacidade de acompanhar hehehe

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  2. É mais um guitarrista virtuoses que fez bastante sucesso, esse é um disco sensacional ! Acho que depois dele em questão da virtuosidade vem Steve Vai e o Mestre e Gênio Eddie Van Halen.

    Até mais !!!

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  3. Concordo com voce guilherme, sendo acho que o Yngwie é mais musical. Por exenplo, eu só consigo lembrar da melodia de uma música de Steve Vai. Já de Yngwie, sou capaz de solfejar todo este dsico. Hahaha.

    Abraços.

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  4. Grande PorraMan, quando eu inaugurar a sessão de lições aqui no blog, voce vai conseguir acompanhar. hehehe.

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